Cabernet Franc e Cabernet Sauvignon, de pai para filho!
Sua origem é controversa, para uns é originária dos Pirineus Espanhóis (cordilheira entre a França e a Espanha, no sudoeste da Europa) e, teria chegado a França pelas mãos dos religiosos que peregrinavam de volta de Compostela.
No Velho Mundo
Os franceses adotam a versão de que tal uva é francesa e, sua união com a Sauvignon Blanc teria mais para frente criado a Cabernet Sauvignon. A Cabernet Franc seria autóctone da França, em particular do Vale do Loire, mas foi em Bordeux, principalmente na margem esquerda dos rios Dordogne e Garone (para quem não sabe, a união desses dois rios formam o famoso Gironde) que ela encontrou seu melhor desempenho.
Nesta região, os já consagrados Châteaux em Saint-Émilion ou Pomerol , passam a compartilhar espaço com os novos terroirs menos nobres, porém de muito boa qualidade em seu resultado final. Lalande de Pomerol, Côtes de Castillon, Fronsac e Canon-Fronsac (uma só sub-região) e Premieres Côtes de Blaye, são as opções de qualidade por preços não tão elevados.
Apesar de seu filho ter alcançado mais sucesso, gostaria de chamar atenção para a Cabernet Franc, um cepa de pele mais fina, mais delicada e adaptada a solos mais calcários que em seus vinhos, tem grande presença e elegância sempre.
Na França como vimos, ela faz parte do chamado corte bordalês ao lado da Sauvignon e da Merlot, onde atinge seu maior desenvolvimento, inclusive como varietal ou em blends ou mesmo podendo fazer parte em 5% do famoso Petrus.
No Novo Mundo
Principalmente em zonas não tão quentes ou de solos argilosos para calcário ela encontrará grandes possibilidades de desenvolvimento.
Na Argentina a uva adquiriu um status elevado, principalmente pela Bodega Fabre Montmayou com seu Fabre Cabernet Franc, vendido aqui na Winerie.com, que indico de olhos fechados. Além deste, há boas, ou melhor ótimas opções como o Punto Final Reserva Cabernet Franc.
No Chile as regiões mais destacadas são as próximas do Maipo, Casalanca e Cachapoal. Destacaria aqui três opções, os Garage Cabernet Franc Lote 36 ou o Garage Cabernet Franc 42, espetaculares, o Kenos Reserva Cabernet Franc e o Chilcas Single Vineyard Cabernet Franc.
Além destes locais, esta cepa também é encotrada no Norte da Itália, na Nova Zelândia, no Canadá (onde se faz um Icewine de C. Franc) e no Brasil, no Vale dos Vinhedos no Rio Grande do Sul.
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Comentários 5
Alexandre Furniel
Olá, Carolina e Josélia!
Obrigado pelo comentário!
Quando quiserem, envie mensagem por aqui ou por email, assim podemos seguir batendo um papo sobre vinho!
Abs!
Alexandre
Alexandre Furniel
Olá, Fernando!
Bom dia!
Sem dúvida que sua ponderação procede!
Gostaria de ressaltar que nosso posicionamento é para vinhos do Novo Mundo, por isso não dou ênfase aos vinhos do Velho Mundo, mesmo sabendo das origens das uvas serem francesas e assim por diante.
Sempre colocaremos a menção das origens, porém com destaque para as regiões do Novo Mundo!
Caso queira bater um papo maior, mande um post por aqui ou no email!
Abs!
Fernando Moacyr Lisboa
A meu ver o autor do texto, Alexandre Furniel,poderia ter dado mais enfase nos vinhos tintos do Vale do Loire, França. Assim, na sub-região Touraine, Apelações Bourgueil e Chinon são produzidos os melhores vinhos tintos com Cabernet Franc varietal e em corte. Algumas vinícolas merecem ser apresentadas como Couly-Dutheil, Domaine Charles Joguet, Domaine Pallus e outras mais. Em Bordeux, França a Cabernet Franc entra no corte bordalés, já no Loire como varietal. Assim, o que se comentou sobre a Cabernet Franc no Loire foi irrisório.
Em 2016 visitei o Vale do Loire, hospedando-me em Blois, alugando um carro e curtindo castelos e vinícolas. Os vinhos brancos da Chenin Blanc da região de Vouvray, também, foram apreciados.
Joselia Batista Barbosa
Amo vinho eu gostaria que um dia conhecer o lugar onde se faz vinho conversar estas uvas maravilhosas para bem pela reportagem
Carolina
Ótimo texto! Ótimas dicas de vinhos! Amo Cabernet Franc!