Ostler / Clos Ostler: pioneiros do terroir calcário no Waitaki Valley

Introdução
Entre as novas fronteiras da viticultura neozelandesa, o Waitaki Valley surge como região promissora, com clima frio, paisagens dramáticas e solos calcários raros no país. Nesse cenário, a Ostler Wines — também chamada de Clos Ostler — foi pioneira e visionária. Seus vinhos, em especial o Caroline’s Pinot Noir, são reconhecidos por elegância, frescor e mineralidade, refletindo o caráter singular da região.
Neste artigo, vamos explorar a história, o terroir, a filosofia de produção e os vinhos que fazem da Ostler um nome de referência na Nova Zelândia.
História e fundação
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1998: o médico e entusiasta do vinho Jim Jerram e o viticultor/enólogo Jeff Sinnott iniciaram a busca por um terroir de clima frio inexplorado.
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Identificaram no Waitaki Valley um raro substrato calcário, lembrando vinhedos da Borgonha.
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O nome Ostler é uma homenagem a William Ostler, bisavô de Jim, que migrou da Inglaterra para a região no século XIX.
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2002: plantio do primeiro vinhedo, batizado de Clos Ostler.
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2004 em diante: surgiram os primeiros vinhos, que rapidamente conquistaram críticos e consumidores atentos a novidades de terroir.
Desde então, a Ostler se tornou símbolo de inovação e coragem, firmando o Waitaki Valley como nova referência no mapa vinícola da Nova Zelândia.
Terroir: o poder do Waitaki Valley
Solos e geologia
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Solos formados por calcário, argila e cascalho aluvial — combinação rara no país.
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Baixa fertilidade, o que reduz vigor das vinhas e gera uvas concentradas.
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A mineralidade se reflete diretamente nos vinhos, com texturas elegantes e caráter pedregoso.
Clima
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Clima frio continental, com verões curtos e noites frias.
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Longa estação de maturação, permitindo o desenvolvimento lento e equilibrado dos aromas.
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Alto risco climático: geadas e variações de temperatura desafiam os viticultores, mas produzem vinhos únicos.
Localização
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O Clos Ostler Vineyard fica em uma encosta voltada ao norte, aproveitando ao máximo a luz solar.
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O microclima protege parcialmente as vinhas e ajuda a equilibrar maturação em um vale naturalmente fresco.
Filosofia de produção
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Mínima intervenção: vinificação que busca pureza e transparência do terroir.
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Pinot Noir como estrela: tratado com a mesma reverência dos grandes crus do Velho Mundo.
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Brancos elegantes: Pinot Gris e Riesling cultivados em blocos de calcário, com frescor vibrante.
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Carvalho com parcimônia: usado apenas para afinar e dar textura, sem mascarar o perfil mineral.
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Consistência: foco em vinhos de pequena produção, de identidade própria, sem comprometer qualidade.

Vinhos e rótulos emblemáticos
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Caroline’s Pinot Noir — ícone da vinícola, produzido em safras excepcionais. Um Pinot Noir de caráter mineral, aromas de frutas vermelhas, especiarias e grande longevidade.
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Audrey’s Pinot Gris — branco aromático e refinado, que equilibra frescor cítrico com textura elegante.
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Riesling — mineral e vibrante, muitas vezes com notas florais e toque de maçã verde.
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Lakeside Vines Series — rótulos acessíveis de Pinot Noir e Pinot Gris, pensados para expressar o frescor do Waitaki Valley.
Ostler no cenário da Nova Zelândia
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Reconhecida como pioneira do Waitaki Valley, trouxe visibilidade a uma região até então fora do mapa vinícola.
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Seu Caroline’s Pinot Noir é considerado um dos grandes tintos de clima frio da Nova Zelândia.
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Ao apostar em solos calcários e vinhos minerais, Ostler diversifica a imagem da Nova Zelândia, além do Sauvignon Blanc de Marlborough e do Pinot Noir de Central Otago.
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Hoje, a Ostler é referência de precisão, autenticidade e caráter de terroir em escala internacional.
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- Andre Fonseca
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