África do Sul e Seus Vinhos
Um viajante que for pela primeira vez a este país, perceberá que a África do Sul vai muito além dos incríveis safaris, do rúgbi e claro, do formidável Mandela que mudou aquele país.
A África do Sul foi o primeiro país do Novo Mundo a produzir vinhos e desde o início vem produzindo vinhos de excepcional qualidade.
Para a Winerie, esse país representa os primeiros suspiros da nossa empresa.
Nesta semana, falamos mais sobre os vinhos África do Sul!
Boa leitura e Gesondheid (Saúde!),
Claro, que além de alimento, as frotas queriam mais! Queriam vinho!
O primeiro governador do Cabo, Jan van Riebeeck, resolveu então plantar uma vinha em 1655 que em fevereiro de 1659 já dera o primeiro vinho e a idéia inicial de suprir a necessidade das frotas, logo virou um bom negócio e, por sua persistência, em pouco tempo convenceu agricultores que lá viviam a fazerem o mesmo.
Dai, surgiram as videiras em maior escala na região de Roschheuvel (hoje conhecidas como Bishopscourt e Wynberg).
Simon van der Stel já havia plantado vinhas em sua fazenda Constantia e desde o começo teve sucesso com seu vinho.
Por outro lado, Simon era uma exceção. Os holandeses não tinham quase nenhuma tradição de vinho e somente com a chegada dos huguenotes franceses, entre 1680 a 1690, foi que a indústria do vinho sul-africano nasceu.
Os huguenotes eram refugiados religiosos e apesar de terem muito pouco dinheiro, entendiam bem da coisa, assim como estavam dispostos a adaptar suas tecnicas de vinificação as novas condições. Dizem por lá, que graças a eles a impressão dos vinhos da África do Sul mudou completamente.
A viticultura florecia, mas era restrita a poucas regiões. Para completar, os fatos sócio-políticos deste país de nada ajudavam a melhora do comércio exterior que durante um longo período, muito antes do Apartheid, já era extremamente conturbada não apenas entre brancos e negros, mas também entre diferentes grupos étnicos.
De um passado marcado pela presença da vitcultura francesa, muitos nomes que por lá surgiram eram franceses (exemplo, a Hermitage) e isso começava a incomodar os próprios franceses. Para resolver este mal-estar, fora escrito o Tratado de Viticultura de 1927, onde o fato inusitado foi que a África do Sul prometia deixar de usar nomes franceses, mas em troca a França somente importaria lagostins sul-africanos.
Mas a África do Sul de 1994 pra cá, vai muito além.
A região produtora do país tem dois oceanos poderosos que geram neblinas, névoas e ventos de arrefecimento. Tem também cordilheiras íngremes e tudo isso num paralelo 30 Sul, ou seja, perfeito para o plantio de uvas. Hoje o país tem mais de 100.000 hectares de plantação e um percentual produzido entre tintos e brancos quase que equivalentes. São inúmeras as regiões produtoras, sendo elas; Constantia, Durbanville, Franschhoek Valley, Paarl, Stellenbosch, Robertson, Swartland, Tulbagh, Wellington, Darling, Olifants River, Bot River, Elgin, Elim, Hemel-en-Aarde, além de Klein Karoo, onde produzem varietal fortificados e Breedekloof, região tradicionalmente de alto rendimento com uma tendência recente em relação a lotes menores.
A África do Sul foi o primeiro país do Novo Mundo a produzir vinhos e desde o início vem produzindo vinhos de excepcional qualidade.
Para a Winerie, esse país representa os primeiros suspiros da nossa empresa.
Nesta semana, falamos mais sobre os vinhos África do Sul!
Boa leitura e Gesondheid (Saúde!),
O motivo de tudo
O estabelecimento da Companhia Holandesa das Índias Orientais, na Cidade do Cabo no século 17, criou um armazém comercial voltado exclusivamente a fornecer alimentos às frotas mercantes que lá aportavam rumo a Índia e ao Oriente ou retornando destas viagens.Claro, que além de alimento, as frotas queriam mais! Queriam vinho!
O primeiro governador do Cabo, Jan van Riebeeck, resolveu então plantar uma vinha em 1655 que em fevereiro de 1659 já dera o primeiro vinho e a idéia inicial de suprir a necessidade das frotas, logo virou um bom negócio e, por sua persistência, em pouco tempo convenceu agricultores que lá viviam a fazerem o mesmo.
Dai, surgiram as videiras em maior escala na região de Roschheuvel (hoje conhecidas como Bishopscourt e Wynberg).
A viticultura sul-africana
O começo não foi lá essas coisas, principalmente devido a ignorância dos agricultores sobre a viticultura, mas as coisas tomaram um rumo melhor quando em 1679, o novo governador Simon van der Stel, que não apenas era um entusiasmado com a idéia, também era muito experiente em viticultura e vinificação.Simon van der Stel já havia plantado vinhas em sua fazenda Constantia e desde o começo teve sucesso com seu vinho.
Por outro lado, Simon era uma exceção. Os holandeses não tinham quase nenhuma tradição de vinho e somente com a chegada dos huguenotes franceses, entre 1680 a 1690, foi que a indústria do vinho sul-africano nasceu.
Os huguenotes eram refugiados religiosos e apesar de terem muito pouco dinheiro, entendiam bem da coisa, assim como estavam dispostos a adaptar suas tecnicas de vinificação as novas condições. Dizem por lá, que graças a eles a impressão dos vinhos da África do Sul mudou completamente.
De 1700 a 1900
Ano a ano no decorrer do século 18, a África do Sul começava a ganhar notoriedade não apenas pelos mercantes e marinheiros que por lá aportavam, mas também em toda Europa. Napoleão Bonaparte adorava um conhecido vinho de sobremesa local, produzido até os dias de hoje, e sempre pedia para que seus navios trouxessem este vinho para ele.A viticultura florecia, mas era restrita a poucas regiões. Para completar, os fatos sócio-políticos deste país de nada ajudavam a melhora do comércio exterior que durante um longo período, muito antes do Apartheid, já era extremamente conturbada não apenas entre brancos e negros, mas também entre diferentes grupos étnicos.
A Adequação
Como comentamos em outro texto, de um cruzamento de uvas despretencioso, em 1925 surgia a primeira uva exclusiva na África do Sul, a Pinotage. Uma uva fácil de beber que agrada dos iniciantes aos expertes e ainda por cima, diferente de suas irmãs tintas, harmoniza bem com frutos do mar e peixes.De um passado marcado pela presença da vitcultura francesa, muitos nomes que por lá surgiram eram franceses (exemplo, a Hermitage) e isso começava a incomodar os próprios franceses. Para resolver este mal-estar, fora escrito o Tratado de Viticultura de 1927, onde o fato inusitado foi que a África do Sul prometia deixar de usar nomes franceses, mas em troca a França somente importaria lagostins sul-africanos.
A Modernização e África do Sul de hoje
Enfim, quando se fala de vinho sul-africano, logo vem a cabeça a Pinotage e a Chenin Blanc (conhecida por lá também como “Steen”), esta última nascida na França que virou especialidade dos sul-africanos.Mas a África do Sul de 1994 pra cá, vai muito além.
A região produtora do país tem dois oceanos poderosos que geram neblinas, névoas e ventos de arrefecimento. Tem também cordilheiras íngremes e tudo isso num paralelo 30 Sul, ou seja, perfeito para o plantio de uvas. Hoje o país tem mais de 100.000 hectares de plantação e um percentual produzido entre tintos e brancos quase que equivalentes. São inúmeras as regiões produtoras, sendo elas; Constantia, Durbanville, Franschhoek Valley, Paarl, Stellenbosch, Robertson, Swartland, Tulbagh, Wellington, Darling, Olifants River, Bot River, Elgin, Elim, Hemel-en-Aarde, além de Klein Karoo, onde produzem varietal fortificados e Breedekloof, região tradicionalmente de alto rendimento com uma tendência recente em relação a lotes menores.
Mas afinal, qual vinho sul-africano escolher?
É só navegar pela Winerie – Vinhos do Novo Mundo e avaliar aquele que cabe melhor ao seu gosto e momento! Temos inúmeras opções!- Tags: Países
- Andre Fonseca | Winerie
Comentários 1
Deisymar
A Klein kloof tem vinho pinotage?